Wednesday, November 10, 2004

A dor da verdade

Sorrindo para este mundo
Virando as costas à felicidade
A minha vida bateu no fundo
E quando descobri já era tarde
A minha felicidade só tu a tinhas
O meu sorriso só tu cativavas
Agora as tristezas encontram-se sozinhas
Onde ficaram os momentos que tu me adoravas?
Nas tuas promessas nunca acreditei
Porque as tuas palavras não sentia
A solidão abracei
E conclui o quanto me doía
Posso ter muita gente em meu redor
Mas a solidão acompanha-me sempre
Realmente não há nada pior
Do que a minha mente doente
Doença sem cura
Penetrável na dor
Alma simples e pura
De preto é a sua cor
Já te disse tanto
Que não sei que mais posso dizer
Vou acabar com o pranto
E deixar tudo falecer
Espero que as pessoas com que te encontras
Façam metade do que eu me dispunha a fazer
Espero que estejam prontas
Para a tua felicidade obter
Espero que não chorem metade do que eu chorei
E não sofram metade do que eu já sofri
Pois não sei como aguentei
Tanta dor graças a ti!

Monday, November 08, 2004

Os sentimentos da vida

Situando-me num lugar meio vazio
Sem ninguém em meu redor
Reparo neste lugar sombrio
Acho que nunca vi nada pior
Reparo na dor instalada
E no sofrimento obtido
Reparo na alegria parada
Reparo que tudo perdeu o sentido
Vou caminhando em diante
E reparo num coração parado
Vejo-o em sofrimento constante
E não o sinto em nenhum lado
Dou por mim a pisar a lua
E reparo na sua beleza
Pego nela e digo: toma é tua
E no teu rosto vejo a tua frieza
Sinto a amargura do teu coração
Quando nos teus olhos a minha imagem reflecte
Vejo a tua distanciação
E reflicto, como tudo acontece!

Saturday, November 06, 2004

O que sinto

Sinto na minha pele o arrepiar
Da brisa fresca a bater-me
Sinto alguém a sussurrar
Sinto essa pessoa a defender-me
Sinto o frio a gelar-me
E a apagar-me o coração
Sinto alguém a abraçar-me
E a dizer para eu não ter medo, não
Sinto que perdi os sentidos
Sinto que vivo noutra dimensão
Sinto momentos já vividos
No mundo da minha ilusão
De mentiras sinto-me revestida
Que julguei serem verdades puras
Sinto-me meio perdida
Num caminho ás escuras
Sinto o incendiar do meu futuro
E o apagar do meu passado
Vejo tudo obscuro
Não contenho nada guardado
Não sei o que é a raiva
Nunca ouvi falar do amor
Não conheço o significado de amizade
Só sei o que é a dor
Paira em mim o esquecimento
E este poema não consigo continuar
Doutra forma vou afogar este tormento
Por aqui vejo-me obrigada a terminar.

Friday, November 05, 2004

Desculpa

Desculpa o que te disse
Desculpa o que te fiz pensar
Desculpa a minha tolice
Mas em ti vou sempre acreditar
O que te disse foi precipitado
Talvez tivesses ficado magoada
Mas no fundo eu estava do teu lado
Sinto-me como alguém no meio do nada
Quero que acredites em mim
E que eu estou do teu lado
Será pedir muito de ti
Para te pedir que esqueças o passado?
Foste muito porreira
Em me teres muitas vezes ajudado
Eu fui muita estúpida
Por em ti não ter acreditado
Não vou ligar ao que os outros possam pensar
Pois a tua justificação é perfeita
Há gente que só nos sabe aldrabar
É assim esta vida eleita
Eu também acho que és uma pessoa excelente
E que te dispunhas a ajudar
Deves ser alguém paciente
Para muita das vezes me conseguires aturar
Mesmo com o que eu fui capaz de te dizer
Soubeste-me elogiar
Não sei o que me passou para o fazer
Só as minhas desculpas te posso dar